O texto final da Rio+20, intitulado "O
futuro que queremos", foi publicado no site oficial da conferência da ONU
sobre desenvolvimento sustentável, que terminou sexta-feira, 22. Recebeu críticas das próprias delegações que participaram da conferência
e de organizações não governamentais. Os negociadores da União Europeia
classificaram a redação de “pouco ambiciosa” e disseram que faltam “ações
concretas” de implementação das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável.
Por
sua vez, antes mesmo da ratificação pelos chefes de Estado, integrantes da
sociedade civil assinaram uma carta endereçada aos governantes intitulada “A
Rio+20 que não queremos”, na qual classificam o texto da conferência de“fraco”.
“O
documento intitulado 'O Futuro que Queremos' é fraco e está muito aquém do
espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio 92.
Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois
simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não
assegura resultados concretos”, afirma o documento, assinado por mais de mil
ambientalistas e representantes de organizações não-governamentais.
A carta diz ainda que a Rio+20 passará para a história como uma
conferência das Nações Unidas que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado
por “graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de
recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras
gerações, de direitos humanos adquiridos.”
O documento termina dizendo que a sociedade civil
não ratifica o texto da Rio+20.“Por tudo isso, registramos nossa profunda
decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que
trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua
nem subscreve esse documento”,conclui a carta.
FONTE: Notícias Uol http://www.uol.com.br/
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